O PRIVILÉGIO DE FAZER HISTÓRIA

sábado, 14 de fevereiro de 2015

O PRIVILÉGIO DE FAZer HISTÓRIA O futuro não está pronto. Diferentemente do que pensou o poeta, o futuro não é uma astronave que sem pedir licença muda a nossa vida e nos convida a rir ou chorar. O futuro não vem do amanhã em rota de colisão com o hoje. Nós é que vamos ao futuro, ou melhor, vamos construindo o futuro. Cada decisão e escolha é um tijolinho nesta casa feita de tempo em que habitamos.


Os cristãos não somos deterministas, isto é, não cremos que a vida seja um jogo de marcas marcadas, ou que tudo o que nos irá acontecer esteja previamente determinado. Não tratamos a liberdade como uma ilusão ou brincadeira de mal gosto de um deus manipulador. Também não somos fatalistas, isto é, não cremos que as coisas acontecem porque tinham que acontecer. Na verdade, cremos o oposto: a história é feita de muita coisa que jamais deveria ter acontecido, sendo que até mesmo Deus ficou contrariado e lamentou o ocorrido (Isaías 5.1-4; Lucas 7.30). O pessimismo também não faz parte dos nossos trajes, pois não acreditamos que o mundo seja um lugar ruim ou que a vida não tenha valor, ou ainda que o mal prevaleça sobre o bem. Mas também não somos otimistas. Não vivemos na ilha da fantasia, acreditando que “tudo” dá certo “sempre” (onde dar certo é igual a acontecer como desejamos). Não cremos estar vivendo no melhor mundo possível.

Os cristãos cremos na possibilidade de fazer história. Cremos assim porque somos ensinados que Deus um dia nos chamará para prestar contas: “todos nós temos de nos apresentar diante de Cristo para sermos julgados por ele. E cada um vai receber o que merece, de acordo com o que fez de bom ou de mal na sua vida aqui na terra” (2Corintios 5.10 - BLH). Deus nos atribui responsabilidade moral. Deus espera que sejamos capazes de responder à vida com dignidade. O direito de viver implica responsabilidade.

Estas compreensões, de que o futuro não está pronto, mas é construído com nossas escolhas e decisões morais, não nos isentam das surpresas imponderáveis da existência, mas devem ser suficientes para nos colocar de prontidão, em busca de sabedoria, de tal modo que caminhemos em direção do céu baseados nas probabilidades e possibilidades, e não nas exceções ou acontecimentos indesejados: “quem fica esperando que o vento mude e que o tempo fique bom nunca plantará, nem colherá nada” (Eclesiastes 11.4).

Grite. Proteste. Decida. Levante-se de sua poltrona. Escape do sofá. Faça alguma coisa. Peça sabedoria a Deus (Tiago 1.5). Consagre a Deus todos os seus planos (Provérbios 16.1-3,9). Preste atenção e veja o que Deus está fazendo (João 5.19). Depois, arregace as mangas e coloque mãos à obra. Coopere com Deus. Submeta sua história à história do reino de Deus, pois Ele deseja dar para você um futuro de paz e esperança.

 Ed René Kivitz

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