1 2 3 4

Vale a pena conferir



Tema.  Fé uma experiência libertadora em Jesus.
Introdução.  Neste texto vamos perceber que Jesus mais uma vez opera maravilhas no meio do Seu povo, neste caso ele faz algo, que não era comum, ele tira do meio da multidão um homem cego, para então operar em sua vida. O interessante é que esse isolamento do mundo e aprofundamento em Deus resulta em libertação, cura, salvação. Logo eu Creio que Deus é poderoso para operar maravilhas em nossas vidas conforme sua infinita vontade.
  1. Levaram ele a Jesus.
  • Os Discípulos estavam com o foco certo.
  • Apontaram para o único que é o caminho a verdade a vida.
  1. Como Deus trabalha em Nós... Não existe forma magia ou pronta, mas Deus age em quem se coloca disponível.
  • Jesus tira o Cego do Seu contexto.  Da sua área de Segurança e Domínio. Da sua Zona de conforto.
  • Jesus nos tira as vazes do nosso estado de auto suficiência.
  • Do local que nos aprisiona e cheira mal.
  • Da Aldeia. Do local da conformidade, da Derrota, da frustação .
  1. A fé como um passo a diante a frente.
  • Não é tempo de igreja.
  • Não é posição.
  • Mas é avançar rumo  a palavra de Deus.
  1. Jesus realiza um ato profético.
  • O cego aceitou que Jesus o tocasse.   Deixa ele tocar em sua vida.
  • Jesus confronta a realidade do cego, pergunta-lhe se ele via alguma coisa.
  • O toque siguinifica a autoridade de Deus agindo na vida do cego.
  1. O que Jesus faz é perfeito.
  • Vejo como se fosse arvores.  Uma ideologia mundana..
  • Impôs a mão novamente, porem sem confronto, o cego já estava aberto ao agir....
  • Via de modo perfeito.
  • Sem o devido confronto de Deus em nós,, continuamos a ver de modo inadequado.

  1. Não entre na Aldeia.
  2. Para não se contaminar de novo.
  3. Para não se sujar.
  4. Para não ficar preso ao passado.


Ler Mais

Reflexão. Rev. Claudio Costa

O FOCO DA ESPERANÇA
Texto: Hb 11.13, 16
Introdução: O texto de Hebreus nos traz a galeria dos heróis da fé. Homens que se despontaram como referenciais para nós, se também almejamos alcançar a pátria dos céus. Eles viveram na terra, receberam as promessas de Deus, creram nelas, viram-nas de longe, mas não as alcançaram. O que mais nos impressiona é que mesmo não alcançando as promessas aqui, eles não esmoreceram na fé, nem blasfemaram do Senhor que os deu tais promessas. O Senhor nos chama para sermos uma geração que abole totalmente o imediatismo que permeia muitas das promessas humanas, até mesmo nas liturgias cristãs de hoje, e nos voltarmos para Ele e nos tornarmos aquilo que fará com que Ele não se envergonhe de nós.
Atitudes com relação às promessas
- Viver em fé – A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem (Hb 11.1). Ela não é obra do acaso, mas fruto da ação da Palavra de Deus na vida de quem dá ouvido a Ela. A fé é construída, é fruto da experiência do ouvir e aplicar (Rm 10:17). Sobre este pilar, do ouvir e aplicar teremos as experiências que consolidarão nossa fé, confirmando dia após dia nossa caminhada em direção ao Senhor e sua vontade.
- Ver ao longe – Os que andam em fé enxergam além das distâncias comuns que enxergariam os olhos humanos. A alma do exercitado em fé, faz com que ele não olhe mais as circunstâncias, mas sim, em linha com a nova perspectiva relacionada às experiências alcançadas pela ação do Espírito e da Palavra. Sua alma está presa às experiências que forjaram nele a confiança irrestrita no seu Deus, que já lhe provou o quanto é fiel e o quanto pode fazer.
- Crer nas promessasCrer é um ato de vontade. Decidimos crer em Deus, crer nas suas promessas, crer na sua Palavra. Crer não é buscar dentro de si o sentimento, a inclinação, a sensação de se estar crendo. É optar por crer, é decidir crer, em meio a dúvidas dizer, eu creio em Deus. Em meio a temporais, dizer: Eu creio no Deus que acalmou a tempestade e por certo fará calar todas as que vierem contra mim, isto é crer.
- Abraçar as promessas Abraçar as promessas é deixar que elas moldem seu estilo de vida. É adequar toda a sua realidade de acordo com as diretrizes das promessas. É tomá-las para si e permitir que toda a sua vida seja transformada por elas. É não se arraigar, não criar raiz no mundo, é estar sempre pronto a se mover em Deus e para Deus. Também devemos estar prontos para subir quando chamados, pois sabemos que aqui não é o nosso destino final, e sim os céus.
O caráter daquele que espera
- O caráter moldado na esperança é precioso diante do Senhor. O autor diz que aqueles que morreram na esperança, mesmo não alcançando as promessas, exaltaram ao Senhor, alcançaram um testemunho digno que Deus não se envergonhou de se chamar seu Deus.
- Enquanto aguardo o cumprimento das promessas, não tenho nelas a plenitude da minha alegria, declaro que busco algo melhor e maior. As promessas são importantes, mas totalmente precioso é o Senhor da Promessa. As bênçãos as quais aguardamos são tremendas, mas imprescindível é ter o abençoador. O tempo que vivo e aguardo por tudo o que o Senhor tem falado, cresço na comunhão, cresço na dependência, e descubro que as promessas são importantes para essa vida aqui. Mas nosso amado Senhor é preciso para toda a nossa existência tanto terrena, quanto eterna.
- O que é mais importante para Deus não é você alcançar todas as promessas ou não, mas que você o ame (Mt 22:37), que você creia Nele acima de qualquer coisa ou circunstância, que você deseje estar com Ele todos os dias, que você espere por Ele todos os dias. Fazendo assim você proclamará a verdade, alcançará um testemunho de fé inabalável, não viverá movido pelas circunstâncias e agradará tremendamente o coração do Pai.
Conclusão: Nestes dias precisamos ser ousados para manifestar essa Palavra do Senhor. Queremos manifestar ao mundo a Glória de Jesus, desejamos ardentemente que sejamos conhecidos como aqueles que realmente comungam com Senhor e tem sido transformados pela sua presença. Desejamos ser um povo que ama ao Senhor por entendermos aquilo que Ele é, e não por aquilo que Ele pode trazer de benefício as nossas vidas. Esperamos por Ele, a promessa é que estaríamos com Ele, e é isso que queremos.
Os que assim estão vivendo manifestam um caráter poderoso, digno, e é o que o que o Senhor quer encontrar em nós.
* Qual tem sido o foco de sua esperança? As promessas ou o Senhor da promessa?
Ler Mais

Núcleo do Trabalhador oferece oportunidades no mercado de trabalho

Núcleo do Trabalhador oferece oportunidades no mercado de trabalho

O Núcleo do Trabalhador - Nutrab é uma oportunidade para quem deseja entrar no mercado de trabalho. O Núcleo, em parceria com empresas, divulga vagas de emprego que estão disponíveis. Após uma pré-seleção, os agentes do Nutrab encaminham os candidatos às empresas conveniadas para seleção final.

Quem estiver a procura de uma oportunidade no mercado de trabalho deve comparecer, levando seu currículo, em um dos seguintes locais:
Dia 29 de janeiro, das 10h às 13h, na administração do camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio de Janeiro.
Dia 02 de janeiro, inauguração do Quiosque do Emprego, no Pavilhão de São Cristóvão (Feira de São Cristóvão), às 11h.

 


Ler Mais

Que leitura Boa.......

A simplicidade é um dom de Deus

Jesus nasceu na simplicidade, na humildade e na pobreza para nos deixar o seu exemplo. Portanto, a simplicidade é um dom de Deus.

A igreja deve viver na simplicidade, pois só assim poderá levar o Evangelho aos povos escravisados.

Jesus chamou doze discípulos para ajudá-lo em seu ministério. Eles eram homens simples, pescadores, homens do povo, incultos e trabalhadores comuns. Entre eles chamou Mateus, um publicano, talvez para mostrar que não tinha e não tem nenhum preconceito contra funcionário público. Depois chamou e salvou o rico Zaqueu, que também era funcionário público. Jesus chamou e salvou muitas pessoas, entre elas o senador José de Arimatéia, e o mestre Nicodemos; chamou também muitas mulheres que o serviram com fidelidade, amor e abnegação.

É importante notarmos que a condição para seguir a Jesus sempre foi a simplicidade, a disposição e a fidelidade. E até hoje é da mesma forma.

As pessoas orgulhosas, soberbas e vaidosas não conseguem seguir a Jesus. Elas carregam fardos que as impedem de trilhar o caminho do céu que é estreito. Elas geralmente se preocupam muito com a aparência, com o seu nível intelectual, com a sua condição financeira e estão querendo sempre amealhar mais e mais riquezas, portanto não podem perder tempo com coisas espirituais. Jesus disse certa vez: "Aos pobres é pregado o reino de Deus".

As ovelhas podem calmamente ouvir a voz do seu pastor e segui-lo; elas são obedientes e sensíveis. Entretanto, os lobos não encontram a porta, afinal ela é estreita e de dificil acesso para eles. Os ricos, em geral, estão sempre preocupados com as ações da Bolsa, montados em seus possantes carrões, ou mesmo voando em seus aviões. Jesus disse certa vez: "É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus". Apesar de ser assim, hoje ainda é possível ver alguns ricos servindo a Deus, afinal, para Deus tudo é possível. E nós sabemos que toda regra tem exceção.

A simplicidade é um dom de Deus. Não é preciso inventar, reinventar, inovar, enfeitar o pavão ou forçar nenhuma situação. É só deixar o Espírito Santo atuar espontaneamente e Ele fará fluir um rio de bênçãos na vida de sua igreja. O Evangelho é poder de Deus; não é espetáculo com direito a pulos, cambalhotas, quedas, gritos e estardalhaços. Isto pode até causar admiração, atrair muitas pessoas e aguçar a curiosidade de muitos, mas não tem nenhum efeito espiritual e positivo. Sejamos simples como as pombas e prudentes como as serpentes. Vamos deixar o espetáculo para os artistas circenses que são os profissionais dessa área. A nós cabe servir a Deus e adorá-lo sempre com simplicidade. Este é o caminho que Ele deixou aberto para a Sua Igreja. Enfim, tenhamos mais conteúdo, menos fantasia e menos propaganda falsa, e, com certeza, seremos mais cheios da verdadeira alegria. Afinal, repito, a simplicidade é um dom de Deus. O resto é apenas marketing e pura enganação.

Por: Cícero Alvernaz
Mogi Guaçu - SP
Participações: 63    Editora Ultimato.....
Ler Mais

Mais Sobre o Haiti




Haiti, os amigos de Jó e a oração de Ana

Como previsto, ante o terror dos tremores no Haiti, o velho debate do problema do mal é levantado. Pelos blogs encontro explicações coerentes, humildes e outras um tanto infantis, não vou mencionar a explicação relacional (open theology) e emergente, pois seria entropia.

Mas, o que me cansa um pouco, foi o que encontrei no texto de Júlio Severo intitulado "Será necessário um terremoto?", no qual o autor procura dar uma explicação causal ao que ocorreu no Haiti. Sua justificativa básica, depois de articular vários textos bíblicos, em uma forma previsivelmente fideísta, é que o problema é uma suposta maldição ligada às práticas religiosas do vodu. A causa animista, conforme o Júlio destaca em seu blog, é uma paráfrase da fala do cônsul Gerge Samuel Antoine, que em off durante uma entrevista afirmou que o povo haitiano fora amaldiçoado por causa da "macumba". Júlio deu os mesmos motivos de Gerge aos terremotos no Haiti, exceto o argumento de sua origem negro-africana.

Vou dizer o que penso desta explicação simplista. Ou melhor, começamos por uma pergunta, bem no estilo semita de pensar. Qual macumba é mais forte que: o vodu haitiano ou o capitalismo americano? O vodu haitiano ou o marxismo tupiniquim? A corrupção moral britânica ou os feiticeiro haitianos? A idolatria ao dinheiro e ao poder de alguns segmentos evangélicos ou o feitiço haitiano? Sinceramente, se a explicação para calamidades no mundo se resumirem à macumba, então, o mundo deveria ser abalado por terremotos, destruição em massa, e haja holocausto! Qual foi a macumba que os judeus fizeram por merecer o holocausto?

Sinceramente, não dá para explicar as coisas pela lógica da batalha espiritual e da esquizofrenia pseudo-pentecostal, sinceramente não dá!

Até quando não vamos entender que o dilema de Jó é a expressão máxima de que há um Deus que está para além das racionalizações humanas. O Deus que fez Jó sofrer é o mesmo Deus que agenciou seu sofrimento, tendo em vista fins misteriosos. Enquanto os amigos de Jó, procuravam dar explicações de causa e efeito, Jó se via sob a pressão dos racionalistas de seu tempo, dos jornalistas e teólogos, o círculo de sábios que não sabiam nada relevante para seu dilema existencial.

Deus é soberano e sempre será soberano sobre todas as coisas. O povo haitiano sofre como Jó. Dá explicações causais nesta altura, desculpe-me, é ridículo. Este profetismo é irritante. Querem usar de tudo que acontece como "alavanca" evangelística, este proselitismo pragmático é fatigante. A única resposta cristã possível, seria chorar com os que choram, ajudar os que carecem de ajuda, e se colocar em uma posição humilde ante o senhorio de Deus sobre todos os fenômenos.

Ontem, orando pelo povo haitiano com minha esposa, me lembrei das palavras de Ana que dizem:

Não multipliqueis palavras de orgulho, nem saiam coisas arrogantes da vossa boca; porque o Senhor é o Deus da sabedoria e pesa todos os feitos na balança. O arco dos fortes é quebrado, porém os débeis, cingidos de força. Os que antes eram fartos hoje se alugam por pão, mas os que andavam famintos não sofrem mais fome; até a estéril tem sete filhos, e a que tinha muitos filhos perde o vigor. O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir. O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. Levanta o pobre do pó e, desde o monturo, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são as colunas da terra, e assentou sobre elas o mundo. (1 Samuel 2:3-8 ).

O que me impressiona nesta oração, é que Ana era uma mulher que sofria com sua esterilidade. Em sua angústia, uma judia sem filhos, considerada infrutífera, ampara sua confiança em Deus, com coração modesto, ante a arrogância dos homens e o deboche de sua comunidade. Mas, sua oração é definitiva: 'não multipliques palavras de orgulho, nem coisas arrogantes', pois o mesmo Deus que tira é o que gera a vida. Ele é Senhor do faminto e do que tem pão em abundância. Ele é o Senhor que empobrece e enriquece. Ele abate príncipes e eleva humilhados. Ele é Senhor absoluto!

Enfim, se Ele fosse Deus só da coisa boa, da paz e não da guerra, da alegria e não da tristeza, da cura e não da dor, Ele não seria Deus, seria um demiurgo, um "deus" (com 'd' minúsculo), senhor de uma fatia da realidade. Como Atenas senhora só da sabedoria, ou Apolo senhor só da luz, mas o Deus de Abraão, Isaque e Jacó é Senhor de toda terra.

"Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas." (Isaías 45:7).

Por: Igor Da Silva Miguel
Belo Horizonte - MG
Participações: 2 [ver]

Reprodução permitida. Mencione a fonte.
Editora Ultimato - Caixa Postal 43 - 36570-000 - Viçosa-MG
Ler Mais
È com imensa alegria que destacamos nossa ida para igreja metodista em praça da bandeira em Araruama. 
Endereço completo. Local: Rua Oscar Clarck /Qd. 000 Lt. 14Bairro: Praça da Bandeira.Ao Lado do campo Society. 
Destacamos que ja está a disposição de toda a comunidade nosso Disk Oração. tel. 99035663.

Destacamos ainda que a igreja está em fase de Construção e que cremos que seremos uma grande familia Metodista, uma familia de Deus em Araruama.
Convidamos a todos os moradores a visitarem nossa Comunidade, sempre as quartas e Domingos as 19:30.....
Ler Mais

Culto de Despedida da igreja metodista em Santa Clara.

Cerca de 150 pessoas estiveram Presentes no culto de despedida e acolhida do Pastor Bruno Fernandes e acolhida do Pastor Rogério.
Foram Dois anos de muitas conquistas na igreja em Santa Clara, apesar de varias  adversidades, aconteceram muitas vitórias, muito êxito na caminhada junto com a igreja local e com a liderança.
Dentre as conquista podemos destacar mais de 40 vidas foram arroladas como discípulos e discípulas  da igreja. fora outras que estão em processo de discípulado.
Ainda tivemos avanços na reparação  do templo e muitas outras áreas..

Agora Olhamos o desafio de servir na igreja metodista em praça da Bandeira em Araruama, crendo nas promessas e nas grandes manifestações de Deus sobre nós.
Ler Mais

oremos pelo povo haitiano


Oremos pelo povo do Haiti: milhares de corpos se acumulam no Haiti; ajuda lota aeroporto; país está sem governo 
Até o início dessa noite mais de 7 mil corpos foram enterradosm em valas comuns.
Da Reuters
Por Tom Brown e Andrew Cawthorne
PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - Soldados e aviões com alimentos e remédios chegaram nesta quinta-feira ao Haiti para socorrer uma nação traumatizada e ainda assustada com os tremores secundários, depois do terremoto de magnitude 7,0 que devastou a capital, Porto Príncipe.
A Cruz Vermelha Haitiana estima que haja de 45.000 a 50.000 mortos e 3 milhões de feridos ou desabrigados. O presidente do país, René Préval, disse que cerca de 7.000 vítimas do terremoto já foram enterradas em uma vala comum.
"Já enterramos 7.000 em uma vala comum", disse Préval a repórteres no aeroporto, enquanto acompanhava o presidente dominicano Leonel Fernández, o primeiro chefe de Estado a visitar o Haiti depois do devastador terremoto.
Dois dias depois do tremor, muita gente continua viva sob os escombros, mas há poucos sinais de um esforço organizado de resgate. Cerca de 1.500 cadáveres estão empilhados diante do principal hospital, e os mortos estão espalhados também pelas ruas.
Aviões cheios de mantimentos chegam ao aeroporto de Porto Príncipe num ritmo mais rápido do que os funcionários são capazes de descarregá-los, e as autoridades aéreas restringiram voos vindos do espaço aéreo norte-americano, temendo que os aviões fiquem sem combustível enquanto esperam para pousar.
A ajuda, no entanto, ainda não chegou aos haitianos necessitados que vagam pelas ruas dilapidadas de Porto Príncipe, buscando desesperadamente água, comida e assistência médica.
"Dinheiro não vale nada agora, água é a moeda", disse um funcionário de ajuda humanitária à Reuters.
Saqueadores invadiram um supermercado danificado pelo tremor em um bairro de Porto Príncipe, levando produtos eletrônicos e sacos de arroz. Outros tiraram gasolina de um caminhão-tanque quebrado.
"Todos os policiais estão ocupados resgatando e enterrando suas próprias famílias", disse Manuel Deheusch, dono de uma fábrica de telhas. "Eles não têm tempo de patrulhar as ruas."

AJUDA INTERNACIONAL
Uma segunda aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) que auxiliará nos trabalhos de resgate decolou de Brasília na tarde desta quinta-feira com 17 toneladas de remédios, água e equipamentos médicos, de busca e salvamento.
O avião levou também 51 bombeiros e quatro cães farejadores que auxiliarão nas buscas por vítimas, além de uma equipe médica da FAB que prestará atendimento aos 12 militares brasileiros feridos após tremor.
Na quarta-feira, a FAB enviou a primeira aeronave com 22 toneladas de água e alimentos para as vítimas do terremoto.
Os Estados Unidos estão enviando 3.500 soldados e 300 trabalhadores da área médica para ajudar no resgate e na segurança na capital devastada. As primeiras equipes deveriam chegar ainda na quinta-feira. O Pentágono também enviaria um porta-aviões e três barcos anfíbios, incluindo um capaz de transportar até 2.000 fuzileiros navais.
"Ao povo do Haiti, dizemos claramente e com convicção: vocês não serão abandonados. Vocês não serão esquecidos. Nesta sua hora de maior necessidade, a América está ao seu lado. O mundo está ao seu lado," disse o presidente dos EUA, Barack Obama.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que uma equipe militar dos EUA reabriu o aeroporto de Porto Príncipe para que aeronaves pesadas pudessem começar a trazer auxílio.
Ela prometeu assistência de longo prazo dos EUA ao debilitado governo haitiano. O Parlamento, o palácio presidencial e muitos prédios públicos desabaram, e não estava claro quantos parlamentares e autoridades sobreviveram. A principal prisão também ruiu, permitindo a fuga de criminosos perigosos.
"As autoridades que existiam antes do terremoto não são capazes de agir plenamente. Vamos tentar apoiá-las até que restabeleçam a autoridade", disse Hillary à CNN.
Ainda não havia sinais de operações de resgate organizadas para salvar pessoas soterradas, e os médicos no Haiti, o país mais pobre do Ocidente, estão mal equipados para tratar os feridos.
Tendas improvisadas estão espalhadas por todo lado, e os haitianos instalados em um acampamento informal abordaram um jornalista gritando "água, água" em várias línguas.
"Por favor, faça qualquer coisa que você puder, essa gente não tem água, comida ou remédios, ninguém está nos ajudando", disse Valery Louis, que organizou um dos acampamentos.
Grupos de mulheres que passam as noites nas ruas cantavam hinos religiosos na escuridão e rezavam pelos mortos. "Elas querem que Deus as ajude - todos nós queremos", disse Dermene Duma funcionária do hotel Villa Créole, que perdeu quatro parentes.
Choro e lamentações surgem cada vez que alguém morre, mas os tremores secundários interrompem o luto, fazendo com que as pessoas saiam correndo em pânico.
O epicentro do terremoto ocorreu a apenas 16 quilômetros de Porto Príncipe, cidade densamente povoada com 4 milhões de habitantes. Corpos jaziam por todos os lados da cidade montanhosa, e as pessoas tapam o nariz com panos por causa do odor da decomposição.
Uma caminhonete chegou levando cadáveres ao Hospital Geral da cidade, cujo diretor, Guy LaRoche, estima que haja 1.500 corpos amontoados no lado de fora do necrotério.

SACOS PARA CADÁVERES
A Cruz Vermelha Haitiana já não tem sacos para guardar os cadáveres, e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que está enviando outros 3.000. O Brasil, que comanda a missão de paz da ONU no país, propôs a criação de um cemitério de emergência, e os EUA estão enviando equipes para os trabalhos funerários.
Com as mãos e com marretas, os haitianos escavam os escombros para tentar resgatar os sobreviventes.
Um estoniano de 35 anos, Tarmo Joveer, foi tirado na quinta-feira dos escombros do prédio da ONU, que tinha cinco andares. Ele disse a jornalistas que estava bem.
A ONU afirmou que pelo menos 36 integrantes da missão de paz, que tem 9.000 pessoas, morreram, e que ainda há muitos desaparecidos. O Brasil já confirmou a morte de 14 militares e também da médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, que fazia uma visita de trabalho ao país.
Também na quinta-feira, 14 hóspedes e funcionários foram retirados com vida do importante hotel Montana, que ficou praticamente destruído. O major chileno Rodrigo Vázquez, que dirigia a operação, estimou que ainda há outras 70 pessoas soterradas. "Isso é devastador," disse.
Nações de todo o mundo se mobilizam para enviar equipes de resgate, com cães farejadores, maquinário pesado, tendas, unidades de purificação de água, alimentos, médicos e equipes de telecomunicações.
Mas a distribuição da ajuda é complicada pela grande presença de entulho e carros destruídos nas ruas, e também pela paralisação das telecomunicações. Os escritórios de várias entidades humanitárias foram destruídos, e muitos funcionários estão mortos ou desaparecidos.
Os soldados da ONU na cidade parecem sobrecarregados pela enormidade da tarefa de recuperação pela frente. "Simplesmente não sabemos o que fazer," disse um militar chileno. "Você pode ver como o dano é terrível. Não conseguimos chegar a todas as áreas."
Muitos hospitais estão sem condições de uso, e os médicos fazem o possível para tratar membros esmagados, feridos e fraturas em instalações improvisadas, nas quais os suprimentos médicos são escassos.
A entidade Médicos Sem Fronteiras está enviando um hospital inflável com dois centros cirúrgicos, e vários países estão mandando hospitais de campo. Um navio-hospital da Marinha dos EUA, o Confort, também está voltando ao Haiti, onde já prestou atendimento à população depois das tempestades, inundações e deslizamentos de 2008.
(Reportagem adicional de Hugo Bachega, Carlos Barria, David Morgan, Joseph Guyler Delva, Stephanie Nebehay, Patrick Worsnip e Louis Charbonneau)
Ler Mais

Sobre o Haiti


A maldição branca - uma análise de Eduardo Galeano sobre o Haiti, primeiro país do mundo a abolir a escravidão 
A abolição britânica ocorreu em 1807, três anos depois da revolução haitiana, e resultou tão pouco convincente que em 1832 a Inglaterra teve de voltar a proibir a escravidão.
No primeiro dia deste ano a liberdade completou dois séculos de vida no mundo.
Ninguém se inteirou disso, ou quase ninguém. Poucos dias depois, o país do aniversário, Haiti, passou a ocupar algum espaço nos meios de comunicação; não pelo aniversário da liberdade universal, mas porque ali se desatou um banho de sangue que acabou derrubando o presidente Aristide.
O Haiti foi o primeiro país onde se aboliu a escravidão. Contudo, as enciclopédias mais conhecidas e quase todos os livros de escola atribuem à Inglaterra essa histórica honra. É verdade que certo dia o império que fora campeão mundial do tráfico negreiro mudou de idéia; mas a abolição britânica ocorreu em 1807, três anos depois da revolução haitiana, e resultou tão pouco convincente que em 1832 a Inglaterra teve de voltar a proibir a escravidão.
Nada tem de novo o menosprezo pelo Haiti. Há dois séculos, sofre desprezo e castigo. Thomas Jefferson, prócer da liberdade e dono de escravos, advertia que o Haiti dava o mau exemplo, e dizia que se deveria “confinar a peste nessa ilha”. Seu país o ouviu. Os Estados Unidos demoraram 60 anos para reconhecer diplomaticamente a mais livre das nações. Por outro lado, no Brasil chamava-se de haitianismo a desordem e a violência. Os donos dos braços negros se salvaram do haitianismo até 1888. Nesse ano o Brasil aboliu a escravidão. Foi o último país do mundo a fazê-lo.
O Haiti voltou a ser um país invisível, até a próxima carnificina. Enquanto esteve nas TVs e nas páginas dos jornais, no início deste ano, os meios de comunicação transmitiram confusão e violência e confirmaram que os haitianos nasceram para fazer bem o mal e para fazer mal o bem. Desde a revolução até hoje, o Haiti só foi capaz de oferecer tragédias. Era uma colônia próspera e feliz e agora é a nação mais pobre do hemisfério ocidental. As revoluções, concluíram alguns especialistas, levam ao abismo. E alguns disseram, e outros sugeriram, que a tendência haitiana ao fratricídio provém da selvagem herança da África. O mandato dos ancestrais. A maldição negra, que empurra para o crime e o caos.
Da maldição branca não se falou.
A Revolução Francesa havia eliminado a escravidão, mas Napoleão a ressuscitara:
- Qual foi o regime mais próspero para as colônias?
- O anterior.
- Pois, que seja restabelecido.
E, para substituir a escravidão no Haiti, enviou mais de 50 navios cheios de soldados. Os negros rebelados venceram a França e conquistaram a independência nacional e a libertação dos escravos.
Em 1804, herdaram uma terra arrasada pelas devastadoras plantações de cana-de-açúcar e um país queimado pela guerra feroz. E herdaram “a dívida francesa”. A França cobrou caro a humilhação imposta a Napoleão Bonaparte. Recém-nascido, o Haiti teve de se comprometer a pagar uma indenização gigantesca, pelo prejuízo causado ao se libertar. Essa expiação do pecado da liberdade lhe custou 150 milhões de francos-ouro. O novo país nasceu estrangulado por essa corda presa no pescoço: uma fortuna que atualmente equivaleria a US$ 21,7 bilhões ou a 44 orçamentos totais do Haiti atualmente. Muito mais de um século demorou para pagar a dívida, que os juros multiplicavam. Em 1938, por fim, houve e redenção final.
Nessa época, o Haiti já pertencia aos brancos dos Estados Unidos.
Em troca dessa dinheirama, a França reconheceu oficialmente a nova nação. Nenhum outro país a reconheceu. O Haiti nasceu condenado à solidão. Tampouco Simon Bolívar a reconheceu, embora lhe devesse tudo. Barcos, armas e soldados lhe foram dados pelo Haiti em 1816, quando Bolívar chegou à ilha, derrotado, e pediu apoio e ajuda. O Haiti lhe deu tudo, com a única condição de que libertasse os escravos, uma idéia que até então não lhe havia ocorrido. Depois, o herói venceu sua guerra de independência e expressou sua gratidão enviando a Port-au-Prince uma espada de presente. Sobre reconhecimento, nem uma palavra.
Na realidade, as colônias espanholas que passaram a ser países independentes continuavam tendo escravos, embora algumas também tivessem leis que os proibia. Bolívar decretou a sua em 1821, mas, na realidade, não se deu por inteirada. Trinta anos depois, em 1851, a Colômbia aboliu a escravidão, e a Venezuela em 1854.
Em 1915, os fuzileiros navais desembarcaram no Haiti. Ficaram 19 anos. A primeira coisa que fizeram foi ocupar a alfândega e o escritório de arrecadação de impostos. O exército de ocupação reteve o salário do presidente haitiano até que este assinasse a liquidação do Banco da Nação, que se converteu em sucursal do City Bank de Nova York. O presidente e todos os demais negros tinham a entrada proibida nos hotéis, restaurantes e clubes exclusivos do poder estrangeiro. Os ocupantes não se atreveram a restabelecer a escravidão, mas impuseram o trabalho forçado para as obras públicas.
E mataram muito. Não foi fácil apagar os fogos da resistência. O chefe guerrilheiro Charlemagne Péralte, pregado em cruz contra uma porta, foi exibido, para escárnio, em praça pública.
A missão civilizadora terminou em 1934. Os ocupantes se retiraram deixando no país uma Guarda Nacional, fabricada por eles, para exterminar qualquer possível assomo de democracia. O mesmo fizeram na Nicarágua e na República Dominicana. Algum tempo depois, Duvalier foi o equivalente haitiano de Somoza e Trujillo.
E, assim, de ditadura em ditadura, de promessa em traição, foram somando-se as desventuras e os anos. Aristide, o cura rebelde, chegou à presidência em 1991. Durou poucos meses. O governo dos Estados Unidos ajudou a derrubá-lo, o levou, o submeteu a tratamento e, uma vez reciclado, o devolveu, nos braços dos fuzileiros navais, à Presidência. E novamente ajudou a derrubá-lo, neste ano de 2004, e outra vez houve matança. E de novo os fuzileiros, que sempre regressam, como a gripe.
Entretanto, os especialistas internacionais são muito mais devastadores do que as tropas invasoras. País submisso às ordens do Banco Mundial e do Fundo Monetário, o Haiti havia obedecido suas instruções sem pestanejar. Eles o pagaram negando-lhe o pão e o sal.
Teve seus créditos congelados, apesar de ter desmantelado o Estado e liquidado todas as tarifas alfandegárias e subsídios que protegiam a produção nacional. Os camponeses plantadores de arroz, que eram a maioria, se converteram em mendigos ou emigrantes em balsas. Muitos foram e continuam indo parar nas profundezas do Mar do Caribe, mas esses náufragos não são cubanos e raras vezes aparecem nos jornais.
Agora, o Haiti importa todo seu arroz dos Estados Unidos, onde os especialistas internacionais, que é um pessoal bastante distraído, se esquecem de proibir as tarifas alfandegárias e os subsídios que protegem a produção nacional.
Na fronteira onde termina a República Dominicana e começa o Haiti, há um cartaz que adverte: o mau passo.
Do outro lado está o inferno negro. Sangue e fome, miséria, pestes…
Nesse inferno tão temido, todos são escultores. Os haitianos têm o costume de recolher latas e ferro velho e, com antiga maestria, recortando e martelando, suas mãos criam maravilhas que são oferecidas nos mercados populares.
O Haiti é um país jogado no lixo, por eterno castigo à sua dignidade. Ali jaz, como se fosse sucata. Espera as mãos de sua gente.
_________________________________________________________________
Eduardo Galeano é escritor e jornalista uruguaio, autor de "As Veias Abertas da América Latina" e "Memórias do Fogo"
Ler Mais
 
Bruno Fernandes | by TNB ©2010